Conto uma história pra terminar antes que o mundo termine. Quando estive em casa pela última vez, talvez em inícios de setembro ou fins de agosto, fizemos algo curioso. Batemos num saco de boxe. Calcei luvas e me pus em posição de pugilato. Precisava esmurrar o saco, que não revida, apenas recebe as pancadas e balança levemente, a depender da intensidade e da frequência dos golpes com que é atingido. Estive assim por cerca de 15 minutos, primeiro sozinho, depois acompanhado por meu irmão e meu pai, ambos lutadores amadores, mais amadores que lutadores, exceto por meu irmão, que realmente pode se considerar um cara que aplicaria uma boa surra em qualquer pessoa na rua se quisesse de fato. Mas ele é um sujeito manso, muito mais manso que eu, por exemplo. Eu me divertia batendo, e não apenas por bater, mas por fazer isso na frente dos dois, que me olhavam e davam risinhos irônicos do tipo "veja como bate no saco". Então fui aumentando a força e a frequência, relem
HENRIQUE ARAÚJO (https://tinyletter.com/Oskarsays)