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Mostrando postagens de maio 23, 2013

Supernormal sentir o que sentimos

Nossa primeira super lua (embora prefira falar supermoon, que me faz pensar no mugido prolongado de uma vaca triste, vou usar aqui super lua)  foi há dois anos.  Me engano fácil, foi no finalzinho do ano passado, portanto dois mil e doze. E mesmo assim parece que já tem tanto tempo, quase noutra vida, como reza o clichê.   Estávamos sentados no que chamamos A Ponte Velha, uma pata de cimento pousada tranquila na borda do mar, braço quebradiço, ruína arquitetônica, superfície perfurocortante que vai aos pouquinhos se desfazendo: p rimeiro uma lasquinha, em seguida outra, até que os pedaços faltantes sejam tantos que haja mais da ponte dentro d'água que fora.  A isso damos o nome pouco simpático de morte, que julgo valer também pras coisas inanimadas, o que forçosamente me leva a admitir a existência desta anomalia conceitual, a "coisa animada".  A alguns metros dali, na Ponte Metálica, lá onde os meninos ainda tocam Legião Urbana e as meninas ainda bebem vin