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Mostrando postagens de abril 28, 2016

Escafandrista

O tempo fatiado em fatias fininhas. Que fazer? Depois foi esse sonho estranho do qual tentei acordar inúmeras vezes, sem sucesso. Mas estranheza não é propriamente uma novidade. Uma lista de objetos ao alcance da mão. Uma coleção de tarefas para a qual não basta apenas vontade, mas um esforço genuíno que chegue ao outro lado. Não carece ter medo a esta hora. Nem sono. Nem fome. Mas tenho medo, sono e fome. Uma ideia de felicidade. Uma esquina. Final de tarde. O trânsito louco passando na avenida, aquele mar de buzina e calor que vem de baixo pra cima. A gente para. Senta. E divide um pastel. Tanto tempo. Agora, é como se dormisse. Eu volto e procuro a trilha derradeira. Depois dela, não sei como ficou. Se é que ficou. Houve outro sonho, este mais estranho ainda. Não lembro nada. Tenho esquecido cada vez com mais frequência. Fico na dúvida se salto linhas ou se mantenho o fôlego. Sempre tentei ser um escafandrista. Mergulhava na bacia e cronometrava tudo. F