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Mostrando postagens de abril 13, 2018

Romance de morte

A difícil tarefa de extrair do mais fundo essa ideia criada muitos meses atrás. A incapacidade de, no manuseio dessas ferramentas do dia a dia, ir enterrando as mãos no próprio corpo e nele encontrar e eviscerar calmamente o sentimento até que não reste senão a ideia do sentimento. Um afeto apenas de lembrança e conceitos e pequenos estremecimentos que chegam assim no meio da tarde como sem aviso e sem aviso também vão embora, deixando em seu lugar silêncio e outra coisa que não sei.   Matá-lo a fome e sede, inanição induzida, cortar-lhe oxigênio para que morra e morrendo viva, mas não aqui, não agora, não dessa maneira.  Convém estudar-lhe antes as maneiras, como se locomove e do que se alimenta, se respira debaixo d’água, se é imune ao sol, se sobrevive muito tempo longe da terra e se, acuado, recua para um buraco e nele se esconde até que tudo passe e ele possa novamente colocar a cabeça fora da toca.  Não faço ideia da natureza das coisas sem natureza definida.  Meu