Paralisado por uma dúvida existencial sobre o que vestir na folia, fui até uma loja no Centro comprar fantasia de Carnaval para a festa que se avizinha e notei entre os presentes no estabelecimento um gosto sortido por novidades, coisas que eu nunca tinha visto antes e adereços até então desconhecidos – diria mesmo extravagantes. Procurei então ajuda com uma vendedora, que me disse sorridente que, a pedido do gerente, precisou renovar as prateleiras de última hora depois de um surto de procura por peças que antes estavam encalhadas ou cuja fabricação jamais fora cogitada por nenhuma costureira ou artesã de Fortaleza. E citou como exemplo a fantasia de Fiscal de *. Ante minha expressão de surpresa, ela cuidou em explicar em pormenores. Vendida a módico R$ 1,99, continuou a simpática funcionária da loja, a indumentária, a mais barata entre todas, permite ao brincante desfilar na avenida como um autêntico fiscal do * alheio, que é o cara ou a mina que chega perto e pede licença ao fol
HENRIQUE ARAÚJO (https://tinyletter.com/Oskarsays)