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Mostrando postagens de maio 17, 2018

Dois autores que renovaram a literatura do trauma*

A bielo-russa Svetlana Aleksiévich dizia que a Rússia tem alma beligerante e que seu povo não conhece uma vida sem ideal de grandiosidade, algo que, por sua vez, se traduzia na arte, notadamente na literatura, seja pela monumentalidade das obras, seja pela natureza engajada da reflexão artística. A revolução de outubro precipitou esse espírito russo num caldeirão de disputas e confrontos.  Dele emergiu uma arte interpelada constantemente pelo real, mas um real que era agora o resultado direto de condicionantes ideológicas e históricas no centro das quais estava a experiência socialista. Em O fim do homem soviético , a ganhadora do Nobel escreve que, passado tanto tempo desde 1917, o ano das duas revoluções, pretendia encontrar respostas para o drama sob o regime comunista nas histórias pessoais de homens e mulheres comuns, cavando fundo no que chamou de socialismo doméstico ou interior.  Esse é um dos legados para a literatura: a jornalista e escritora pode esmerar seu estilo