O INTELECTO CONTRA O BAIXO ASTRAL Francis Santiago É fato: a imagem do programa de polícia comunitária Ronda do Quarteirão não é mais a mesma. Se antes os PMs-delleuzianos ganhavam coxinhas, porções de baião com queijo, enroladinhos de salsicha e outros acepipes em várias cadeias de lanchonetes e churrascarias da periferia de Fortaleza, agora são tratados a pão e água. Tudo fruto dos recentes destrambelhos dos homens da farda azul-bebê, desenhada por Lino Villaventura num momento de extremo deleite intimista, mas sem qualquer preocupação com a moral da força policial frente à viril bandidagem. É fácil entender por que uma parcela dos jovens soldados do Ronda, que deveriam substituir a beligerância priápica dos antigos policiais por uma abordagem que conjugasse a maciez do colo materno à rígida educação paterna, caiu, senão no descrédito, num limbo escuro e frio. Não foi da noite para o dia, nem de uma hora para outra. Tampouco atingiu a totalidade da corporação, que ai
HENRIQUE ARAÚJO (https://tinyletter.com/Oskarsays)