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Mostrando postagens de janeiro 11, 2013

Sem ironias

Na imagem acima, a autora do artigo Como viver sem ironia,  Christy Wampole,  em pose que expressa, ironicamente ao mesmo tempo, ambiguidade, sensualidade e inteligência em graus extremos. O texto, publicado originalmente no blog do  The New York Times em 27 de dezembro de 2012,  pode ser lido na íntegra aqui .  O que as futuras gerações farão com esse sarcasmo feroz e com o cultivo descarado da besteira?   A frase me pegou de calças curtas. De minha parte, como representante legítimo do cultivo descarado da besteira, não sei o que dizer. É possível viver sem ironia? A pergunta só pode ser irônica. É possível viver sem indiferença? Plenamente, mas não sem ironia nem besteira, dois ingredientes fundamentais na cultura de qualquer época. Somos mais ou menos irônicos que nossos antepassados? Não sei dizer. “Nova Sinceridade”? Acho pomposo e, se querem saber, pouco atraente, mas bastante necessário nas atuais circunstâncias. Gostaria de colocar em prática hoje mesm

Mais sobre o 'Barba ensopada'

Não resta dúvida de que o burburinho midiático que se seguiu – e até antecedeu – ao lançamento do romance Barba ensopada de sangue acabou criando uma necessidade urgente de referendá-lo desde já como potencial candidato a história do ano – quiçá de uma geração. Era uma tentação que se justificava também pela alta expectativa que nasce a cada novo trabalho do paulistano Daniel Galera, autor de Cachalote e Mãos de cavalo . Assentada a poeira da novidade, porém, às vozes que saudaram o quarto romance do escritor com pouco mais que entusiasmo e histeria, misturaram-se outras, talvez mais preocupadas em entender como todo o virtuosismo estilístico do autor não foi suficiente para impedir que Barba ensopada não se confirmasse como a grande aposta literária. O livro narra a história de um professor de educação física gaúcho que sai à procura do avô, morto em Garopaba, no litoral de Santa Catarina. Sem nome mencionado ao longo dos acontecimentos, o protagonista, incapaz de r