Minha Andorinha é assim: ora beija, ora morde. Ora bica, ora assanha-se com as asinhas leves. Sintonia não há. O que há é conversa. Andorinha, Andorinha: ia passando. Vi você. Agora, agora, agora – agora já era. Sabe que depois do 11 de setembro, do 11, do 30, do 12? Depois de tudo não veio nada. E o que há é você. Seguidamente. Subliminarmente. Subcutaneamente. Há você se reproduzindo em cadeia. Como na teoria da indústria cultural. Como nos escritos de Benjamin. Há reprodutibilidade. Há você porejando, varando palmo a palmo as lonjuras do corpo. Há você elástica, presente. O resto é sobejo de brigadeiro.