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Mostrando postagens de maio 28, 2017

Domingo

Domingo é uma fresta, uma dessas que se formam na janela do quarto quando a gente se senta e o dia parece escorrer. A vida escorrendo sem ordem ou controle. É assim que vejo tudo, um fluxo de coisas que tento parar com as mãos, mas, bom, talvez não seja o caso de interromper nada agora. Ou talvez eu apenas não tenha força mesmo. Talvez já esteja tudo parado e o movimento é só ilusório. Fato é que gosto de domingos. Uns clichês ambulantes. O de hoje, por exemplo, nublado e melancólico como um desses domingos colhidos diretamente no dicionário. Se fôssemos à procura do que quer dizer o dia ao pé da letra, encontraríamos a definição vivendo hoje. E olhar essas fotos de rodas de samba pela cidade apenas confirma a natureza triste do domingo. Um dia de contrastes. O lado bom é que, quando damos por ele, acabou. Feito o amor, e lá vou eu me meter a falar disso novamente. Quando acaba? A gente não sabe. Eu lembro que, em algum momento da vida, houve um sábado. Não sei como o rest