De onde veio o cearense? Essa é uma pergunta a qual muitos pesquisadores tentam responder há décadas, sem sucesso, numa encruzilhada epistêmico-genealógica que vem desafiando gerações de intelectuais e inteligências, de Gilmar de Carvalho a Falcão. De olho no boom das séries televisivas e no conceito de “streamingzação” da vida, no entanto, alguns estudiosos mais arrojados passaram a apostar no potencial cinematográfico e comercial de nossas indisfarçáveis raízes nórdicas, fixando nossa cearensidade no mesmo CEP de Thor e de outras celebridades do mundo mitológico, para motivo de orgulho. Por essa via de estudos, ainda no século XVI, esses proto-cearenses desembarcaram no território onde fundariam a província do Siará Grande calçando Crocs e usando “smartwatch”, a tez alva um tanto avermelhada ante a explosão de raios UVA e UVB que eles tentavam disfarçar apelando a bloqueadores com fator 80. Era o preço pela custosa aclimatação. Como se tratava de uma terra rústica, despida ainda d
HENRIQUE ARAÚJO (https://tinyletter.com/Oskarsays)