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Mostrando postagens de dezembro 18, 2017

O amor não chega a tempo

Li com interesse a história de vocês. Imaginei esses encontros numa cidade que tampouco domino. Meu único elo com Recife foi ter recebido cartas de lá, um primo que me escrevia com regularidade e a quem eu respondia com bilhetes. Recife. Sei do carnaval e do frevo. E agora dessa história de separação, mas também de encontro. Difícil seguir, eu sei, mas pense, e aqui falo principalmente pra ti, que talvez ela esteja bem. Não sei se têm mantido contato. Têm? De todo modo, essa carta não parece sugerir um estado de ânimo dos mais alegres. Acho que comete um erro lhe escrevendo nesse tom de desabafo, quase uma rendição. Não se renda, não ainda. O amor não chega a tempo. Por onde ela andará? Você não responde na sua carta, que, embora privada, foi tornada pública na internet. Foi lá que a encontrei: numa rede social. Acenei, disse um nome. E agora leio a carta de vocês. Melhor, sua pra ela, uma carta numa única direção. Quem sabe chegue ao mar. Ela vai ler? Ess