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Mostrando postagens de outubro 24, 2013

Xxxxx

“Uma tristeza crônica de origem difusa.” Eu quis rir quando li, mas esse era eu  quatro ou cinco anos atrás indo e vindo pelas ruas de uma cidade xadrez banhada por águas cuja balneabilidade varia conforme o número de descargas que a rede hoteleira dá.  Baita autodiagnóstico.   Escrevi isso num caderninho vagabundo de arame. Era 2009, tinha 29, primeiro casamento, sem filhos, trabalhava e estudava, sem dinheiro, sem videogame, sem rodo de pia. Um quase fodido que gastava as melhores horas da vida em cima dos livros, e isso era bom. Andava pouco e sozinho, e isso também era bom. Nessas poucas andanças, escutava três músicas em looping infinito, não lembro quais, mas era como se, ao ouvi-las, eu enxergasse o mundo de longe. Nesse mundo visto de longe, eu me flagrava voltando pra casa com uma expressão da qual agora eu só consigo gargalhar.  Essas três músicas me empurraram pra perto de tudo que eu queria e não tinha coragem, então acabava evitando por medo e também po