Atravessei quatro estações , matei mais homens que monstros, vasculhei buracos, salvei uma garotinha da morte, fui salvo por ela, caminhei no frio, resolvi charadas, desvendei mistérios, acionei mecanismos que levantam portas e outros que baixam portas, fui a partes diferentes de muitas cidades e presenciei o horror provocado por uma epidemia. Lembrei de quando tudo era diferente, havia pessoas nas ruas e jornais e cinemas e cafés e aos domingos as praças estavam cheias. Reencontrei fotografias perdidas sob os escombros do que costumava ser uma casa. Sobrevivi ao custo dos despojos de famílias infectadas. E ainda não é o fim. O que vou dizer é algo deliberadamente grandiloqüente e, por isso mesmo, adequado à situação: The last of us é talvez o melhor jogo de videogame já feito, não apenas no PS3, mas também nos velhos SNES, Mega e Master, com uma breve passagem pelo Mega Drive, já que falo a partir de uma experiência particular com consoles, particular e errática –
HENRIQUE ARAÚJO (https://tinyletter.com/Oskarsays)