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Mostrando postagens de maio 12, 2013

História da franja

Não sei se já falei que a Duda é uma graça. Talvez sim, talvez não, de modo que vale a pena repetir – caso já tenha falado – ou afirmar – caso não tenha –: a Duda é uma graça. Quando me pediu para que lhe escovasse os cabelos, por exemplo, tratou de acrescentar que o desafio seria não apenas desembaraçar as melenas, mas produzir uma partilha equânime da franja, que deveria despencar à esquerda, dividida com rigor matemático. “Se não for assim, não consigo dormir, titio”, disse. Com isso, provocou 1) curiosidade com a alternância randômica no uso das formas “tio” e “titio” e 2) e medo diante da responsabilidade que era converter a massa informe de fios em um simpático arranjo capilar dotado de uma complexa e também esotérica propriedade terapêutica que induzia ao sono. Ciente das minhas limitações, caprichei no penteado, desfiz os nós recalcitrantes e deixei tudo estirado, lisinho, de caimento invejável, exatamente como as meninas de sete anos gostam que fiquem os c