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Mostrando postagens de janeiro 10, 2009

DiaGRAMA INsolúvel

Bem aqui tem um sujeito que bebe todos os dias. Ele fica sentado na calçada olhando o movimento – de bundas, pernas, peitos, cabelos, braços. Ele acha que eu não sei que ele sabe que eu sei que ele fica olhando. Ou finge não saber. De qualquer forma, gosto dele. É um ótimo sujeito. Bebe e ouve samba todo fim de semana. Enfim, quero a ajuda de vocês para responder uma questão proposta por uma das professoras da minha esposa. Ela estuda geografia na estadual. Lá vai: Explique o princípio bilateral ou dual dos geossistemas apresentados por Solchava e citados por Rodrigues no texto à luz do conhecimento acerca das variáveis intrínsecas e extrínsecas. Alguém tem alguma idéia do que quer que seja? Se tiver, pode responder e colar aí, que dá no mesmo.

Frapê ou frape?

Outro conto. Fazia tempo que não punha nada aqui. Nada, dir-se-ia, ficcional. Sabem, implico com esse verbo. Principalmente no passado. É pernóstico. Poucas pessoas dizem “punha” no dia-a-dia. Poucas. Quase ninguém. E quem diz diz porque é fresco e não apenas porque precisa, tem necessidade de referir algo no passado. Percebam como não gosto de duvidar do que quer que seja. Uma coisa: gosto quando vejo alguém construir uma frase usando sujeito acrescido de um pronome que reitera esse elemento da cadeia sintática. Por exemplo: “O Silveirinha, ele não matou ninguém”. Claro, não entendo ainda por que as pessoas falantes da língua portuguesa precisam reforçar sintaticamente uma função já presente na frase. Ou vocês entendem? E isso não é precisamente um anacoluto. Drummond não vem ao caso. Não há uma pausa entre o nome próprio e o pronome. Ambos vêm numa ducha, num veio, numa onda sonora que pouco se importa com a repetição do sujeito. Será carência? Não sei. Espero que Locke consiga respo

conto - não conto

Bom, tenho esse conto guardado. Tinha. Porque ele vai sair no livro provisoriamente intitulado Baú sem fundo – quando o livro provisoriamente intitulado sair. Aí vai. DIÁLOGO II Sei quase nada sobre ele, quase nada. Sério?! Vocês não se falam nunca? Vezenquando. Ele é ocupado. Sei... A gente saiu ontem. Na volta, passamos na casa dele. É tão escondida, umas duas horas de ônibus. Bem periferia, quase fora da cidade. Nossa... Dormiram juntos? Não. Quartos separados? Também não. Não treparam?! Ele não quis. No fundo, acho que não gosta de mim, sei lá. Talvez seja só impressão. Ontem, por exemplo, ele foi estranho. Ficou só de cueca na sala, pegou cervejas, ligou a televisão. Ficamos vendo uns DVDs antigos. Que coisa... Ele gosta de filmes antigos, tem uma estante cheia deles. Duas estantes. E passaram a noite acordados, ele só de cueca, você vestida, vendo filmes?! Não. Depois ele tirou a cueca, ficou nu bem na minha frente. O pau dele parecia um pássaro morto, não levantava. Então ele e

ResenHA

A VOLTA AO MUNDO EM 80 ANOS OCTOGENÁRIO A PARTIR DE HOJE, TINTIM, O MAIS FAMOSO REPÓRTER INVESTIGATIVO DO MUNDO DOS QUADRINHOS, TEM SUA PRIMEIRA E ÚLTIMA AVENTURA LANÇADAS PELA COMPANHIA DAS LETRAS HENRIQUE ARAÚJO>>>ESPECIAL PARA O POVO Entre os planetas Marte e Júpiter, há uma esfera descoberta ainda na década de 1980 por cientistas da Sociedade Belga de Astronomia. Como ela se chama? “Planeta Hergé”. A homenagem é índice do status alcançado pelo quadrinhista belga Remi Georges (1907-1983), criador de um dos mais adorados personagens da história das HQs, o repórter Tintim. Acompanhado sempre de seu cãozinho Milu, um fox-terrier esperto com vocação detetivesca, Tintim completa hoje, 10 de janeiro, oito décadas de vida. Em comemoração, a editora Companhia das Letras lança duas grandes cerejas de um bolo que começou a ser fatiado há três anos, com a estréia desse herói enviesado em terras brasileiras. As duas histórias publicadas - Tintim, repórter do Le Petit Vingtième , no pa