Peço licença pra falar de política. A crer na reportagem de “Época”, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) oficializa nesta sexta-feira o que já vinha praticando desde o início do ano: adotará de vez o discurso de oposição ao governo Dilma. Que o deputado se comportava como adversário do governo, nisso não há qualquer novidade. A notícia é que, a partir de agora, o jogo será às claras, com o presidente da Câmara assumindo-se opositor. Ou seja, de um lado, a ameaça de impeachment da presidente. Do outro, a possibilidade de pedido de afastamento de Cunha da presidência da Câmara com base nas denúncias do MPF. O caldo tende a engrossar ainda mais. Caso se confirme a ruptura com Dilma, o deputado terá dificuldade para arrastar consigo o PMDB. Afinal, uma coisa é ele mesmo, investigado pela Lava Jato, postar-se do lado de lá do balcão, abraçando o mantra de que a melhor defesa é o ataque. Outra bem diferente é convencer a penca de ministros do partido a entregar os cargos. É difícil a
HENRIQUE ARAÚJO (https://tinyletter.com/Oskarsays)