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Mostrando postagens de janeiro 3, 2014

Sorvete

“Essa insistência na felicidade é doentia”, pesquei essa frase de ouvido há duas semanas. De lá pra cá, ficou presa como uma flepa no dedo médio ou resto de feijão grudado nos dentes. Primeiro, insistir na felicidade pode ser tudo, menos doentio, concordam? Pelo menos era assim que pensava, até que insistir na felicidade se transformou no meu esporte predileto. Ia pra casa planejando insistir, dormia pensando que seria a melhor escolha, acordava no meio da noite feliz por haver optado pela obstinação em vez de entregar os pontos e assumir o ônus de existir: ora estamos felizes, ora infelizes, e era uma tremenda bobagem gastar parte do meu dia no esforço de convencimento de que, contrariamente à vida de qualquer pessoa normal, a minha era recheada fundamentalmente com momentos de felicidade. De modo pouco racional, eu calculava que se A quer dizer B e B redunda em A, logo as duas letras seriam iguais em tudo. Ledo engano. Eram, sim, semelhantes em tudo, menos no que interessav