Escritor mexicano Juan Pablo Villalobos em foto de Renato Parada. Verdade, ainda estou um bocadão impressionado com a leitura de Festa no covil (Cia. das Letras), do mexicano Juan Pablo Villalobos , 38. Trata-se de um livrinho fino, pouco menos de 100 páginas, capa chamativa e cheiro forte de tinta, que é uma das coisas legais que os tablets não podem oferecer. Bem impressionado, pra ser preciso. Festa no covil é o tipo da historinha - podemos chamar de historinha sem medo de depreciá-la – que, fechada a aventura, fica piscando na cabeça dias e dias, e depois disso segue produzindo efeitos, convidando a uma nova olhada. Tudo porque o universo criado é tão sugestivamente rico que, do mesmo modo que ansiamos retornar a um jogo de videogame para olhar novamente aquela paisagem ou percorrer determinado ambiente apenas porque nos “enche a vista”, temos vontade de entrar mais uma vez nas páginas. O personagem dá saudade. Não é escapismo, entendam. A narrativa é bizarra, violenta
HENRIQUE ARAÚJO (https://tinyletter.com/Oskarsays)