Congresso de irônicos e diplomáticos elege novo presidente, que, por timidez, mas também por medo, decidiu que talvez fosse melhor ficar de fora do enquadramento do fotógrafo Se a política é a guerra por outros meios, a “diplomacia cultural” é a continuidade da ironia em âmbito diferente; ambas inviabilizam o debate, anulam a troca de ideias, aniquilam a divergência. A ironia aposta na superabundância do ruído; a diplomacia, na superabundância do silêncio. Uma diverge na arena pública para convergir na privada; a outra converge publicamente para divergir depois, nem sempre pessoalmente, o que a torna, ao menos nesse aspecto, mais nociva que a ironia. Fato é que ambas não estão verdadeiramente interessadas na troca, mas na viabilização de projetos personalistas. Mas há entre os dois procedimentos – o irônico e o diplomático – diferenças claras. Enquanto a ironia recorre ao humor, acusando a superdimensão do ego, a diplomacia despe-se, em aparência, de qualquer
HENRIQUE ARAÚJO (https://tinyletter.com/Oskarsays)