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Mostrando postagens de abril 30, 2012

Questiunculinhas

Parêntese: havia tempos não dava uma boa caminhada ao longo de toda a extensão do calçadão da Beira Mar. Reparei a falta no final da noite de ontem, já amplamente dominado pelo sentimento de culpa depois de ter comido um portentoso sanduíche. E que lugar horrível, santos deus! Maltratada, nossa orla é uma confusão dos diabos, uma feira livre como as que se armam precariamente nos quatro cantos da cidade, só que pior: há essa cercadura de prédios a empatar a vista, os ventos, a vida. Uma concertina formada por megaedifícios embicando a poucos metros da faixa de areia, equivalentes dos pega-ladrões feitos de caco de vidro e pregados aos muros de antigamente. É o lugar mais opressivo da cidade. O mais feio também. Não há beleza que resista a esgoto correndo sem tampa, ocupação irregular (de ambulantes e donos de restaurantes) e poluição visual e sonora – o brinquedo cintilante atirado às alturas, a matraca que gira e produz lixo sonoro, o carro de som que troveja o próximo show de hum