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Mostrando postagens de novembro 3, 2011
Tinha a intenção infantil de escrever sobre o assunto X. Ocorre que, consideradas algumas variáveis, não demorou para que chegasse à conclusão de que seria mais interessante falar do assunto Y. Tão logo se apresentou, Y me pareceu bastante atraente e, como se diz em jornalismo, factual. Nesse ínterim, porém, havia esquecido a natureza do assunto X. Pior: na ânsia de lembrar algo que me fizesse delinear X, deixei Y escapulir. Perdi dois assuntos de uma tacada só. Talvez por isso pessoas anotem ideias. Por enquanto, nossa cabeça não funciona ainda no esquema cloud . No máximo, ficamos nas nuvens. O impacto do sistema cloud é um bom assunto. Fica registrado.

Rubem Alves despede-se (Folha de S. Paulo)

Despedida Minha alma é movida pelas ausências; mas, nos jornais, não há lugar para ressurreições ESSA CRÔNICA é uma despedida. Resolvi, por decisão própria, parar de escrever em Cotidiano . Devo ter perdido o juízo. Minha decisão contraria um dos dois maiores sonhos de cada escritor. Primeiro, o sonho de ser um best-seller. Encontrar algum livro seu nas prateleiras da livraria Laselva, nos aeroportos. Confesso: sou vítima dessa vaidade. Mas não aprendo a lição. Nos aeroportos, vou sempre visitar a Laselva na esperança de lá encontrar um dos meus livros. Saio sempre desapontado. O outro sonho dos escritores é ter seus textos publicados num jornal importante: ser lido por milhares de leitores. O que significa reconhecimento duplo: do jornal que os publica e dos leitores. Isso faz muito bem para o ego. Todo escritor tem uma pitada de narcisismo. Fernando Pessoa tem um poema que diz assim: "Tenho dó das estrelas luzindo há tanto tempo, tenho dó delas..." E ele se pergunta se &qu