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Mostrando postagens de setembro 4, 2015

Isso

O que é que a gente faz? A gente olha prum lado, olha pra outro, vê alguém sorrindo e sorri, olha pra frente, pra trás, se pergunta se faz sol ou chuva, lamenta a morte, chora a dor, penteia os cabelos, se perfuma e se programa, escolhe um filme no Netflix e desiste na metade. A gente abre uma aba no computador e fecha uma aba e reinicia a máquina e corta as unhas e ensaboa o cabelo e fuma um cigarro no banheiro porque não quer empestear o restante da casa.   A gente instrui o taxista a entrar por uma rua e sair por outra. E depois bate a porta. E atravessa uma rua. A gente dá bom dia, boa tarde, boa noite e resmunga baixinho um seja o que deus quiser enquanto sobe as escadas.    A gente atende ao telefone, desliga o telefone e esquece o telefone. A gente quer saber se é isso mesmo. É isso mesmo. A gente passa, então, a gostar disso mesmo, a celebrar isso mesmo, a inventar que isso mesmo é realmente isso mesmo. E talvez seja. Mas a gente também des