A esta altura, não sei se é relevante falar sobre a natureza do que escrevo aqui. Certamente não é, mas vou correr esse risco. Talvez já esteja claro que acumulo pedaços, fragmentos, retalhos com que vou tentando construir algo, dar feito de coisa inteiriça, sem jamais saber ao certo se consigo, como é comum entre pessoas com essa mesma monomania. Escrevo desde 2005, quando criei o espaço, que foi mudando de nome até que Corrida espacial se firmasse por razões que não entendo. Quer dizer, até entendo. Há simbologia, um campo de interesse científico-histórico-onírico situado nessa expressão, um conjunto de sentidos que ela carrega que me fazem querer falar, que abrem janelas. Remetem tanto a espaços quanto a tempos. Justificados nome e objeto, quero dizer ao leitor eventual, aquele que chega casual ou inadvertidamente: isto não é um diário, não é um bloco de notas, não é um arquivo, não é um blog pessoal, não é um caderno de anotações. É um pouco de cada uma dessas coisas. Gosto de ma
HENRIQUE ARAÚJO (https://tinyletter.com/Oskarsays)