Fui correndo buscar o Asterios Polyp , comecei a ler num café da cidade ainda na noite de sábado enquanto esperava andorinha pousar na mesa. Terminei de madrugada, quase amanhecendo. Nada poético, nada poético, faltava sono e estava assustado, havia atravessado 330 páginas do livro, renomada HQ de David Mazzucchelli, de quem nunca havia lido qualquer coisa, bom que se diga, o que, para efeito de análise, não tem importância nenhuma. ‘Sterios não é uma má pessoa, não pensem isso também, me sentia enjoado por outra razão. Fato é que procurava um sinal de que estava diante de algo, não somente uma leitura, mas de uma experiência. Não encontrei. Vi muita coisa boa, personagens bem rabiscados, contexto, substância, mas, de posse da narrativa, do que quer que tenha motivado Mazzucchelli a escrever, fiquei relativamente decepcionado. Não era o que tinha pensado, dito de maneira mais simples. Curioso, ocorreu o mesmo com Jimmy Corrigan, o menino mais esperto do mundo , do Chris Ware,
HENRIQUE ARAÚJO (https://tinyletter.com/Oskarsays)