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Mostrando postagens de janeiro 14, 2012

QUIS EVITAR - ANÁLISE SEMIÓTICA

SINOPSE DE VIDEOCLIPE : homem desgovernado esbarra em mulher em saguão de aeroporto quase vazio, a carteira dela cai, homem finge que apanha, mas se perde na imensidão do olhar da moça, um tipo afetado e longilíneo desfilando roupas de época. E o que se segue é ainda mais intrigante: sob o arco espesso formado por densa cabeleira negra, materializa-se ninguém menos que Lulu Santos, que logo se agacha, colhe graciosamente a carteira ou as cédulas ou qualquer outro pedaço de papel desimportante a esta altura dos acontecimentos. Talvez satisfeito por haver ensejado fortuito encontrão entre dois futuros amantes, o cantor sorri, desenhando no ar um círculo com o dedo indicador no exato instante em que pronuncia as palavras "seus olhos". A partir dali, como um bom repórter de rua e tal qual uma aparição, Lulu passará a acompanhar os passos dos enamorados. O entreato da história é marcado por dancinhas de transeuntes anônimos, gente contratada para figurar no videoclipe sem ante

Falando de amor

Desculpem, mas vou falar de amor. Falar de amor é nosso clichê-basilar, nossa senha de conversação, funciona em qualquer espaço, qualquer tempo, irmana classes sociais e faixas etárias diferentes, portanto explanar sobre amor, academicamente ou não, é a chave mestra da sociabilidade, refira-se a amor e será prontamente compreendido, mencione a "sensação de chaleira" que cobre o corpo esmaltado da cidade e um rol quase infinito de gestos em frenético assentimento surgirá rápida e solicitamente. Flanelinha entende de amor, vendedor ambulante, síndico, taxista, ninguém entende mais de amor que taxista, guarda de trânsito, galego, motorista de ônibus, pedestre, estudante, trabalhador autônomo, frentista, o cara que prepara o frango assado com linguiça e farofa, até o pessoal rico sofre com amor quando tem de descer do Corolla, andar até a entrada de algum restaurante ou quando, ao sair do shopping , recebe subitamente aquela lufada de ar morno, e é como se, pra sacanear suas

Falando de calor

Desculpem, mas vou falar de calor. Falar de calor é nosso clichê-basilar, nossa senha de conversação, funciona em qualquer espaço, qualquer tempo, irmana classes sociais e faixas etárias diferentes, portanto explanar sobre calor, academicamente ou não, é a chave mestra da sociabilidade, refira-se a calor e será prontamente compreendido, mencione a "sensação de chaleira" que cobre o corpo asfaltado da cidade e um rol quase infinito de gestos em frenético assentimento surgirá rápida e solicitamente. Flanelinha entende de calor, vendedor ambulante, síndico, taxista, ninguém entende mais de calor que taxista, guarda de trânsito, galego, motorista de ônibus, pedestre, estudante, trabalhador autônomo, frentista, o cara que prepara o frango assado com linguiça e farofa, até o pessoal rico sofre com calor quando tem de descer do Corolla, andar até a entrada de algum restaurante ou quando, ao sair do shopping , recebe subitamente aquela lufada de ar morno, e é como se, pra saca