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Mostrando postagens de abril 2, 2011

Um problema

PESSOAS QUE VIVERAM processos semelhantes reagiram de maneira diversa, deixando para trás o que lhes desagravada, guardando o que fosse bom e, entre idas e vindas, seguindo em frente. É o que qualquer um faria. É o que deveria tomar como caminho óbvio, natural, o caminho do bem: viver, depurar, guardar, assentar, intervalo, e recomeça “viver, depurar” etc., e assim uma porção de coisas estaria finalmente resolvida e eu estaria livre para viver outra porção de coisas. MAS TENHO A IMPRESSÃO de que uma dessas etapas é defeituosa quando penso em minha trajetória particular, e não me refiro a toda trajetória, a estrada que percorri desde o nascimento até o dia em que completei 23 anos. Penso em um momento específico, rigorosamente situado no tempo e no espaço, um instante que identifico claramente quando me volto ao passado e percebo “vejam, lá está ele, vejam como sorri, é um encanto, concordam?”, e todas as minhas amigas balançam a cabeça afirmativamente, e mesmo minha mãe, que dev