Vamos falar sobre o mito do desagregacionsmo, essa construção ficcional sócio-proprietária de uma verdade maior que procura explicar, em termos genéricos, como uma realidade particular – a nossa – se movimenta. Primeiro, é preciso dizer que muito já se escreveu sobre o desagregacionsimo e o seu par ordenado, o agregacionismo. Há quem defenda que, enquanto existirem fóruns, caixas de comentários e grupos de pessoas reunidas em torno de uma mesa no centro da qual um casco de cerveja rege todos os fenômenos terrestres e celestes – enquanto houver vida, o desagregacionismo continuará um tema palpitante. Grosso modo, o desagregacionismo consiste na certeza de que discordar, raison d'être de qualquer relacionamento, é mais importante que escutar. Escuto para discordar, portanto. Eis a espinha dorsal do desagregacionismo. Da escuta são filtrados apenas os elementos servíveis ao discurso de crítica e rejeitados os inservíveis. Seja porque a internet permeabiliza tudo,
HENRIQUE ARAÚJO (https://tinyletter.com/Oskarsays)