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Mostrando postagens de maio 10, 2011

Eu sou irônico

NOTA: o texto que segue foi orgulhosamente publicado na magazine Aerolândia. Dante Ferboa , o ensaísta cascatinha Não sei exatamente que parcela de culpa podem ter Holden Caufield, Homer Simpson, Ross Geller e Sheldon Cooper. Tampouco posso acreditar que houve um dia na história em que não tenhamos recorrido às ferramentas de que falarei como catarse vaidosa capaz de desarmar um interlocutor indesejável apenas esgrimindo-se um punhado de palavras de gume afiado. De todo modo, desconsiderando os efeitos positivos facilmente identificáveis, me pergunto com freqüência quando começamos a acreditar que a ironia e o sarcasmo são recursos infalíveis, a serem usados a cada seqüência de quatro frases como se fossem obrigatórios na vida do homem e da mulher modernos, urbanos, heterossexuais, brancos e católicos. E não encontro resposta. Duas semanas atrás, minha sobrinha de seis anos disse a sua mamãe que ela, minha irmã, precisaria dormir mais duas horas além do habitual caso realmente