Então... Não tem fim. Quando imagino haver exterminado o último morto-vivo de Raccom, ouço grunhidos e arrastar de pés. Me preparo para o pior sacando uma sub-metralhadora com munição infinita. Em breve, estraçalho esse farrapo que insiste em assombrar a raça humana alimentando-se de nossa carne. Mas há outros deles. Logo duas dezenas desentocam-se de corredores, abrindo e fechando portas, subindo ou descendo escadas. Querem a mim. Sem dúvida alguma, devem ter chegado à conclusão: para o jantar, teremos o soldado Leon. Então só me resta correr? Nada. Caminho até o baú mais próximo, desses que costumam guardar os pertences dos nossos avós nas casas caiadas da infância. Ao contrário dos baús da memória, esse de que falo contém pequenas jóias: rifles, lança-granadas e metralhadoras giratórias. Além de facas e pedaços que, se agrupados devidamente, formam uma bomba relógio ou coisa parecida. Abro-o e tiro de lá a mais potente das armas disponíveis. Fim da piada. Posso dormir sossegado ao m
HENRIQUE ARAÚJO (https://tinyletter.com/Oskarsays)