Escolher o lugar à mesa do bar quando a mesa do bar está repleta de pessoas é decisão que envolve uma série de variáveis. Essas variáveis vão desde a proximidade a alguém cuja mera presença produz efeitos bastante conhecidos até a afinidade pura e simples, de modo que, se evitamos ficar longe no primeiro caso, no segundo, por causas naturais e em se tratando daquele tipo intratável, procuramos nos manter o mais distante possível, o que nem sempre evita aborrecimentos ao longo da noite ou do dia. Como se pode perceber, é um jogo matemático a cujo cálculo somam-se as horas que pretendemos passar no bar, se vamos beber muito ou pouco, se estamos a fim de conversa séria ou de apenas um bate papo relaxante, se nosso nível de paciência será capaz de aturar as lamentações de outrem, se já perdoamos aquela maledicência que nos chegou aos ouvidos por meio de terceiros etc. Em resumo: a mera opção pela cadeira à estibordo ou à bombordo implica inconscientemente razões que a