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Mostrando postagens de setembro 13, 2013

O sapo e a sonda

Agora passo a explicar por que, entre tantas imagens marcantes, tais como a da pianista nua e a de Celso de Mello espetado por dúvidas, escolhi dois tópicos para resumir a semana. Foram duas imagens epifânicas, alegres em certo sentido, melancólicas em outro. Ambas agônicas. Traduzem um tipo especial de tristeza e alegria simultâneas que ocorre nos momentos de extrema realização da potência, mas que escancaram as fragilidades, quer estejamos falando de um sapo, quer de uma sonda espacial.  Ou é isso ou começo a projetar as reverberações pessoais em cada coisa e pessoa que vejo ou escuto, exatamente como faz aquele peixe muito estranho cujo aparelho digestivo se projeta como uma espécie grua de cinema e, no segundo seguinte, fagocita o alimento. No fim das contas, é basicamente o que fazemos toda hora. A primeira imagem é a do sapo (pode ter sido uma rã, mas querelas biológicas a esta altura não ajudariam tanto a desatar o nó) que, na última hora, desistiu de ser astrona