Assistir Olimpíada é lembrar de cada um dos esportes em que fracassamos, do judô à capoeira, passando pela dança e natação e futebol de salão e corrida, enfim, a lista é inesgotável. E assistir com a mãe ao lado, como fiz nos últimos dias, piora ainda mais. Tá vendo, filho, podia tá ganhando essa medalha do vôlei. Mãe, tenho 1,73m, não ganharia nada além de bola na cara. Mas e a natação? E assim a conversa se segue. Ela sabe que natação é meu ponto fraco, mais ainda que futebol. Sou atleta frustrado, sim. Tenho o espírito competitivo, mas não a disciplina de quem um dia sonha ganhar qualquer coisa. Lembro de uma corrida no bairro organizada pela associação local. O circuito era uma volta pela rua, saindo da sede da instituição e voltando a ela. Largada dada, avancei na frente dos outros, mas precisei parar na esquina seguinte. Do contrário, não estaria aqui para contar a história. A meu favor devo dizer que nunca gostei de correr, muito menos de correr sem motivação, como é o caso de
HENRIQUE ARAÚJO (https://tinyletter.com/Oskarsays)