Na dúvida entre chancelar ou cancelar tal pessoa que eu considerava bacana, caí na bobagem de esperar, ponderando prós e contras e tentando encontrar um meio-termo entre qualidades e defeitos. Mas esse exercício só me fez perder tempo, e a crista da onda passou levando consigo potenciais seguidores. Esse foi o meu pecado. Apenas muito tardiamente resolvi cancelar o cara, e então me pus a xingar a figura nas redes, me empenhando em críticas cada vez mais virulentas que eu fazia chegar a todos por meio do meu perfil no Twitter, a rede social perfeita para a propagação febril desse tipo de ação raivosa. As notificações pipocaram em instantes, não aplaudindo minha ojeriza e retórica inflamada, mas pedindo que eu revisse minha postura radical, já que o fulano havia se retratado minutos antes e explicado tudo numa postagem muito longa noutra rede que não costumo frequentar. Rapidamente passei a redigir eu mesmo o meu próprio mea culpa, admitindo que havia cancelado o dito-cujo sem
HENRIQUE ARAÚJO (https://tinyletter.com/Oskarsays)