Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de junho 10, 2014

Parágrafo único

Um último e dispensável parágrafo diz respeito a todos os parágrafos anteriores, ou seja, relaciona-se tanto à felicidade quanto ao modo como o tema aparece de forma esquiva logo abaixo, com indicações claras de que, ainda que estejamos falando há milênios sobre um mesmo assunto, o que fica evidente é o seguinte: o que está ao alcance de qualquer um é unicamente cavar e continuar cavando e no esforço de cavar danificar mãos e cegar as ferramentas e, a despeito disso, continuar, mesmo quando as escoras ameaçarem vergar sob o peso da areia que foi retirada do buraco e depositada um pouco acima das nossas cabeças, forçando o teto e estreitando corredores. Mesmo nessas horas, abrir buracos na terra e esperar que de lá saltem coelhos ou elefantes ou finalmente aquela criatura mágica que estamos procurando faz tempo e que certamente nos fará felizes é tudo que de fato interessa.  

"Quem vive sem utopias vive um pouco sem razão"

O POVO – A Revolução dos Cravos, comemorada recentemente, melhora a disposição dos portugueses para encarar o cenário de crise no país e na Europa? Valter Hugo Mãe – A Revolução dos Cravos é uma das datas mais dignas da nossa história. Acabar com uma ditadura é basilar em todos os lugares do mundo. E foi isso que aconteceu há 40 anos. O meu respeito pelo 25 de Abril (de 1974) é absoluto. A crise é ótima para todos os totalitarismos, todos os cretinismos, todos os despotismos e, se quiser até uma palavra que acho que nunca disse publicamente, para todos os “filhadaputismos”. Os 40 anos são efetivamente uma ajuda para que as pessoas percebam que há uma construção, que é a democracia, que recuou muito nos dois últimos governos, sobretudo neste governo que agora está no poder e que é um grandessíssimo monte de “merda”.    OP - Como você vê a construção de uma nova hegemonia alemã no continente? VHM - É assustador. É muito claro que a Europa neste momento está sendo construíd