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Mostrando postagens de setembro 18, 2009

É devagar

Não gosto da Céu. Nunca ouvi. Nunca vi. Não pretendo ir ao show. Mas não gosto. Detesto seu nome celestial, o nome do disco – Vagarosa – e o título de uma das faixas – Malemolência . É muita paralisia facial, muita rede balançando, muita lentidão nessa vida frenética. Dá preguiça só de olhar. Céu canta descalça? Se for, piora tudo. Além disso, há essa beleza estonteante expressa sem meias palavras nas fotos de divulgação, esse olhar encantador, esses cabelos cacheados rodopiando na cabeça iluminada dessa nova musa. Tudo tão chato. Mesmo na música, Céu é chato.

"Invisibilidade é comer da maçã novamente"

A quarta entrevista. Oskar pergunta, Henrique Araújo responde. Entre uma coisa e outra, Y. ilustra. Mesmo sem compromisso, mesmo sem paga. Em casa, de esferográfica na mão, sacudiu ideias antigas do aperreio que se dilatava no começo do sono. E rabiscou. Que mais? Finda a entrevista, H. Araújo confessa a Oskar: queria ser três. Ou cinco. Ou vinte. Coisa de bastidores. Cigarro na mão, confessa. Queria ser uma Cacilda Becker. Um Harry Haller estranhamento tardio, lindamente doentio, barbaramente esquisito. Queria ser grupo de teatro. Queria ser torcida organizada. Queria ser muitos. Vendedores de eletroeletrônicos. Atendentes de telemarketing. Estudantes racionais. Sendo um, divide-se como pode. Abaixo, os piores momentos. Oskar - Que há de mentira nisso tudo? Henrique Araújo - Parte da mensagem é mentira. Não a que fica no caminho, que se perde. Mas a que chega. Mentira, invenção, o que seja. É mentira a verdade dita e verdade a mentira registrada, falada ou escrita. Encenada. Ambas s