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Mostrando postagens de agosto 28, 2009

ELa afunda, ele a funda

Quero te roubar, mas tu sempre resiste. Não sei. Desisto? Nunca. Andorinha, Andorinha. Você mesma me encoraja, diz “Não avise, vá e faça”, mas, mas, mas se tento, se ponho orgulho de lado e digo vem comigo agora mesmo, você se esquiva, se esconde, se distrai. Distração inevitável. Quem sabe, quem sabe. Sou assim, naturalmente imprevisível, eventualmente esquiva, especialmente se me querem fixa, sólida. Sou fluida, escorrego. Passo entre os dedos. Vejo tudo isso, sim. Vejo outras coisas. Minhas cartas embaralhadas dizem “Deixe a roda gigante girar à vontade”. Eu deixo, mas os volteios cardíacos doem às sextas-feiras. Se falta cigarro, doem mais ainda. Pena. Tudo é ao gosto do freguês. Ao gosto. E você, que acha disso tudo? A vida é gangorra, Andorinha. Já ouvi dizer. Sim, é gangorra. Consequentemente... Consequentemente, encaro tudo isso com olhos de antropólogo. Mas só por dois segundos. No restante do tempo, percorro abismos. Abismos? Abismos.

ENTREVISTAS CANASTRONAS (PILOTO)

A entrevista é uma arte. Todo mundo sabe disso. Grandes entrevistadores se destacaram na história do jornalismo aqui e alhures. Marília Gabriela, Roberto Dávila, Paulo Markum, Gugu Liberato, Angélica. Mensalmente, há grandes entrevistas em quase todas as publicações de que se tem notícia. Semanais, as revistas trazem amplas conversas com gente graúda. Suas palavras enchem páginas amarelas, verdes, azuis. Gente boa, gente que faz, gente que tem o que dizer. Não é o caso de Yuri Leonardo, 20. Hoje, sexta-feira, 29, Oskar diz por que esse ilustrador, estudante e boa praça com fama de esquisitão não tem muito a dizer. Ou, se tem, por que guarda todo o seu arcano a sete chaves. Afinal, se lhe perguntam por que acha que o mundo vai acabar, tergiversa. Se lhe pedem alguma opinião minimamente consistente sobre as relações ensejadas no microunivreso do transporte coletivo de Fortaleza e seus reflexos nas subjetividades pós-Era de Aquário, sai-se com qualquer ponderação fluida, coisa dos novos t

OSKAR - Para você, “O mundo deveria realmente acabar porque...”

Y. - Talvez as coisas hajam tomado um rumo realmente esquisito. É quando o HD do seu PC está lotado de tralhas e você não sabe como organizar aquilo em pastas e backups, daí torce, meio que secretamente, que apareça um vírus, uma queda de energia ou algo do tipo, destruidor mesmo, e acabe com tudo. Talvez o mundo vá acabar assim. Guardem seus backups.

Y. – O que é mais pavoroso: Jesus Cristo cavalgando a Besta Fera ou o contrário?

OSKAR - Boa pergunta. Muito pertinente. Mas se uma coisa me aterroriza não é a Besta Fera. Nem Jesus Cristo. Meus temores têm raiz mais profunda. E elas repousam nas crônicas matinais e nas mensagens benfazejas da apresentadora Ana Maria Braga. SERVIÇO: Yuri Leonardo escreve aqui e expõe imagens aqui .