Bom, mas, pensando bem ou não tão bem assim, empregar o tempo ou otimizar o tempo ou ainda extrair do tempo a melhor parte, como se se procurasse sempre o sumo das coisas, nunca se satisfazendo com casquinhas ou lasquinhas. Aproveitando cada momento com atividades proveitosas, numa continuidade de prazer que se segue à busca. Isso tem algo da ética protestante do capitalismo. Segundo essa lógica, desperdiçar o tempo com um livro a fim de entender melhor a vida dos outros seres humanos, o que inclui a sua própria – isso é uma coisa bacana? Talvez não. Melhor seria aprender outro idioma ou melhorar o desempenho em algum jogo no celular ou mesmo amar e brincar ainda mais com os filhos ou alugar uma casa de praia no fim de semana. A vida é curta. Tenho minhas dúvidas em relação às dúvidas das pessoas que não têm dúvidas quanto a essa dimensão pragmática da vida. Academia, família, trabalho, lazer e, se possível, um pouco de espiritualidade (mandalas ou coisas do
HENRIQUE ARAÚJO (https://tinyletter.com/Oskarsays)