Tinha uma porção de coisinhas desimportantes pra falar. Um incômodo em relação a outra porção de coisinhas desimportantes que li e ouvi, principalmente que li, já que tenho escutado tão pouco e cada vez pior. Escuto pior por entender que já não faz tanta diferença, mas também por problemas de saúde. O que me leva a perguntar: é verdade que chegamos a esse estágio pré-larval em que cada um fala o que pensa e todo mundo entende o que quer? No estado geral das coisas (importantes e desimportantes), insistir no que não tem importância pode ser, mais que um desvario, um ato de afirmação. E tudo seria perfeito se abraçar esse ato de afirmação não exigisse tanta energia, se não levasse ao quase esgotamento, se não terminasse por nos obrigar a gastar mais tempo explicando razões do que efetivamente gozando o processo. Caga-regras (nota cômica: o corretor ortográfico sugeriu, indiretamente, “defeca-regras”) e otimista que sou, queria um decálogo. Isso mesmo. Um conjunto
HENRIQUE ARAÚJO (https://tinyletter.com/Oskarsays)