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Mostrando postagens de fevereiro 27, 2015

Mensagem

Cada um com sua esquisitice.  A minha tem sido escrever no corpo da mensagem, como se enviasse um e-mail pra alguém, mas acabasse mandando pra mim mesmo. Leio como se escrito por outra pessoa e me assombro descobrindo esses medos familiares, que se alheiam no momento do envio e se aproximam quando, segundos depois, batem à porta.  Escrito, fora, lido, dentro. O alheio é assim, depois que sai, depois que vai. Mas, ido, sido, torna a ser o de dentro. Será que expliquei direitinho? Tem certas coisas evidentes pra gente que, vistas de longe, são nebulosas. Talvez essa seja uma delas.  Me explico. Abro uma aba do navegador, entro no Gmail e começo. Três parágrafos depois, apago da memória e envio. Fico esperando. De repente, a mensagem aparece, destacada das demais por um negrito. Posso ler agora ou deixar para depois. Posso deletar ou marcar com uma estrelinha. Depende do humor.  O bom disso tudo é que a mensagem é instantânea. Elimina a espera.   Mas a espera é parte imp

Esse vórtice ciclônico, essa sangria, esses grunhidos