Uma brincadeira que venho descobrindo é que basta revisitar para perceber que tudo que a gente vem dizendo é de alguma maneira um contradito, ou seja, o avesso, mas o avesso piorado, um contrário falso ou falso contrário. Não o avesso, entendam, mas a falha, e quando digo falha meus olhos de repente acendem e em algum ponto indeterminado do corpo uma luzinha indica a porta de saída. A falha, portanto. Não o avesso. Reler, ler, reler, eis a brincadeira, que não passa de, uma hora dessas, ainda deitado na cama ou de pé esperando a água do café ferver, espiar tudo que fizemos e dissemos e enxergar ali mais do que antes. Ou não enxergar metade do que antes parecia claro.