Depois do falso salmão, polêmica que ainda não tive tempo de entender direito, do veganismo infantil, resultado da exposição frenética de um vídeo no Youtube mostrando uma criança que se pergunta se é realmente necessário matar, vem aí o nu orgânico, forma de arte-vida-performance que se apresenta como resposta para as muitas angústias do homem e da mulher modernos, resposta essa que também não tive condições objetivamente materiais de compreender. Reparem que o nu orgânico é a contraparte de um nu presumivelmente inorgânico, ou seja, nudez composta de matéria nem vegetal nem animal, onde se conclui que mineral, ou, finalmente, que se enquadra na categoria do inanimado, no que ficamos a ver navios, como pode haver nu orgânico se não há propriamente nu inorgânico? Seria o nu plasmático? O nu espectral, fantasmagórico, ou a expressão diz respeito somente à inexistência de substâncias naturais no emprego desse nu? Ora, por mais silicone que uma mulher abrigue em si, ela ai
HENRIQUE ARAÚJO (https://tinyletter.com/Oskarsays)