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Mostrando postagens de abril 18, 2018

Já faz um ano

E eu ainda tão castigado pensando agorinha que o tempo corre depressa.  Queria até que fosse um desses lugares comuns para os quais a gente torce o nariz esperando que nada aconteça. Mas não é. É depressa mesmo. Piscamos, e passou. No dia a dia comprovamos essa celeridade. Uma certa ligeireza na andança. Uma vontade desecudada de que o velho se torne mais velho ainda. Quando vimos, já foi, não há volta. De repente alguém dá a notícia de que viu o tempo dobrando sem um aceno sequer, o tempo embarcando no ônibus, entrando no mar, saindo da piscina e enxugando o corpo com uma toalha branca e depois se dirigindo ao carro. O tempo estacionando. Ou, feito Caetano, atravessando uma rua do Leblon. Como seria bom flagrar o tempo assim tão à vontade num livre acontecer, o tempo de chinela e bermuda despreocupado se desfaz ou reata, se mastiga ou cospe, se beija ou abraça. O tempo apenas sendo.  Um tempo que não avisasse que fosse, tampouco fosse de fato.     Mas vejam que daqui a