De tempos em tempos, um item, seja de vestuário, seja de acessório, passa a comportar em si uma ideia de status social, de estilo de vida, de privilégio, indicando origem ou servindo como senha de acesso aos aspirantes a certo mundo de bem-nascidos. Me parece que é o caso do copo Stanley. Fui apresentado ao artefato numa conversa com um colega jornalista, que me disse que a moda agora era portar o próprio copo aonde quer que se fosse, academia ou festa, ida à praia ou ao shopping, supermercado ou areia do beach tênis. Qualquer que seja o ambiente, ele me contou com ar de estupefação, o copo é não apenas bem-vindo, mas obrigatório entre certos grupos mais preocupados em exibir os códigos da classe. Supus que fosse exagero, mas passei a observar mais atentamente por onde andava. Não deu outra: lá estava o dito-cujo a tiracolo, qual um adereço, uma corrente, uma sandália metida a besta ou uma pochete. Robusto, lembra ao longe uma espécie de SUV do mundo dos copos, um 4x4 cuja engenhari
HENRIQUE ARAÚJO (https://tinyletter.com/Oskarsays)