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Mostrando postagens de fevereiro 23, 2021

Um adendo

É como se tudo se passasse à maneira de uma catarse, uma explosão ao cabo da qual expelimos esse conteúdo rejeitado, mas que é nosso. Está presente. O Brasil que rejeita Karol Conká tenta, de alguma maneira, reparar algo errado, mas o quê? O fato de que o processo se realize por meio do voto é uma dessas coincidências. Logo o voto, que se voltou contra o país na forma de um gestor inepto. Por isso a mobilização coletiva, as certezas em torno da ação, o desejo de que toda a operação se reveste. Tudo faz pensar em algo que poderia ter sido, mas não foi. Como se exercêssemos uma atividade e, por ela, consertássemos um gesto falhado, refizéssemos um erro, voltássemos no tempo e recuperássemos algo perdido. Não quero dizer que tentamos agora fazer o que não fizemos dois anos atrás, mas talvez, e apenas talvez, toda essa impotência e o acúmulo de derrotas, mais os dissabores atuais causados por um presidente mesquinho, tenham convergido de tal maneira que o que deveria ser apenas a saída de

O Brasil depois de Conká

O que será do Brasil depois de Karol Conká? Me fiz essa pergunta ontem, agoniado entre uma aula remota da filha e o almoço, quando a saída da participante do BBB 21 eram favas contadas e, nas redes sociais, usuários tentavam adivinhar o percentual de rejeição da cantora, se 98% ou 99%. Os mais otimistas chutavam 100%, o que equivale a pensar que mesmo a família da curitibana é favorável à sua eliminação do produto televisivo. Do ponto de vista dos negócios, não é nada implausível. Afinal, cada dia de KC lá dentro é um dígito a menos na sua conta bancária, segundo cálculos que encomendei ao ministro Paulo Guedes – por isso é bom desconfiar. A esta altura, no entanto, se tudo tiver corrido como previsto (no Brasil de hoje nem tudo acontece como deveria acontecer com uma frequência assustadora), Conká deixou o programa e o país pode enfim respirar novamente, certo? Tenho minhas dúvidas. Não sobre o chega pra lá na Conká, que de fato deve juntar os “panos de bunda”, como dizia minha vó, e