A exemplo do Natal, listarei aqui cinco cenas de ano novo, passagens do dia que marcaram, marcam ou marcarão profundamente a alma de um peregrino das estradas alencarinas, soldado da quentura do agreste litorâneo em pleno dezembro de meus deuses. Quero aproveitar o ensejo, afinal não é todo dia que dois terços da população nativa entre 18 e 29 anos – conceito ibegeéliano de jovem – espicha o pescoço e mira longe no mapa, desejoso de cair nas CEs e BRs que cruzam o amarelado da paisagem cearense. Então pretendo aproveitar a oportunidade de falar às ruas quase vazias, como gosto daqui, desta cidade, cada pedaço dela, sabendo-me só e só me dirigindo à estátua de Juraci ainda não fincada na Via Expressa, a avenida mágica, território de assaltos, signo da cidade mordida de medo e horror. A nossa linha amarela, vermelha, que não sei tanto da geografia alheia. Tudo isso, sim, sim, a despeito do espírito de porco que fecunda as planícies virtuais. Vamos encarar a tarefa