Para cada jargão corporativo “in english” que cai no gosto do empresário descolado ou “startupeiro” de primeira viagem, há pelo menos uma expressão cearense tão ou mais eficiente, que qualquer um entende e cujos royalties se revertem automaticamente para a Casa Manassés. No Ceará, se você não é de Sobral ou terminou a Casa de Cultura Britânica com nota dez em todos os semestres, fatalmente terá dificuldades de entender uma palestra de qualquer firma de médio porte, esteja ela sediada no Centro Fashion, na Nogueira Tower ou no BS Design. Sim, porque o jargão corporativo é praticamente outra língua, com seus “insights”, “mentoring”, “turnover” e “approach”. Nesse universo discursivo, o cérebro não se decide se “speak” ou fala, “do you know”? Então, a depender da plateia e do facilitador, uma apresentação pode começar com pretensões de TEDx, mas, seja por inabilidade pessoal ou indisposição do grupo, descambar para aquela aula de história da Mesopotâmia que fazia todo mundo do
HENRIQUE ARAÚJO (https://tinyletter.com/Oskarsays)