Na foto acima, um flagrante da violenta inadequação que acomete o cosmopolita caipira sempre que vai à padaria ou mesmo à farmácia A academia, a igreja e os especialistas em mídias sociais da quinta maior cidade do Brasil são unânimes em afirmar: não é de pouca monta a tentativa de fixar o perfil dos numerosos tipos modernos , sobretudo quando se trata do ensaboado “cosmopolita caipira”. No que estão certíssimos. As dificuldades só não são maiores que a glória em obter um registro, ainda que fugidio, do tipo mais sedutor em mesas de bar e filas de cinema. Vejam por quê: por índole e vocação, os arquétipos modernos são “líquidos”, e esse grau de liquidez ganha materialidade à medida que nos aproximamos do caipira predestinado ao cosmopolitismo. Não à toa, muitos pesquisadores guardam distanciamento desse organismo sabidamente reimoso. Medo de contágio? Trata-se menos de rigor procedimental que de precaução. Mas o que vem a ser um “cosmopolita” (cidadão do mundo) “caipira” (provin
HENRIQUE ARAÚJO (https://tinyletter.com/Oskarsays)