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Mostrando postagens de julho 17, 2011

Maneiro pau ilustrado

A SAGA ETNOGRÁFICA DO ALENCARINO COMUM EM PARATY Francis Santiago Na última semana, o Alencarino Comum chegou a Paraty (RJ, litoral fluminense), quermesse anual da brasilidade illustrée , disposto a parecer intelectualmente febril e interessante, mas só conseguiu levar esbregues de taxistas. Eles lhe diziam: “Ande pela calçada, porra!”, recomendação que o Alencarino Comum sequer ouvia. De fato, percorria ruas e avenidas da cidade histórica dividindo espaço com carros e motos, hábito adquirido ao longo dos anos na sua metrópole-mãe, Fortal city. Cumpria essa sina genética menos por falta de educação que por insistência em reafirmar sua identidade cultural cearense. Um resistente antropofágico, por certo. Mas há outra razão para que o Alencarino Comum tenha dado de ombros ao ser fustigado por azedos impropérios vindos dos aristocráticos condutores de Paraty. No fundo, a vibração intensa dos acordes mais íntimos de sua alma violácea, tocados pelo frio e pela beleza do lugar, dim