Estou na Bienal diariamente. E daí? Não agüento mais. Cansado, sim. Devia ter aprontado o livro ainda neste ano. Não fiz. Agora, só ano que vem. Dinheiro só no ano que vem. Porque escrevo para ganhar dinheiro. Não tenho outro emprego, trabalho. Ganho escrevendo. Comprei televisão nova e DVD escrevendo. Ontem conversei com um cubano. Por alguma razão, não nos entendemos. Nossas línguas – português e espanhol – são parecidas, mas não exatamente as mesmas. Em português, “desenvolver” é bastante diferente do espanhol. Enfim... O cubano, Alex Pausides, disse coisas que passaram em brancas nuvens. O mesmo comigo. A bienal traz como tema a mestiçagem. Sim, uma coisa legal. Interessante... Alguém achou que não precisaríamos de tradução simultânea porque, antes de qualquer coisa, somos “povos irmãos” oprimidos pelo mesmo algoz: os EUA. Logo precisamos nos entender. E espontaneamente. Língua não é barreira, é suporte. É diálogo. As Américas hispânica e portuguesa têm a missão de eliminar os obst
HENRIQUE ARAÚJO (https://tinyletter.com/Oskarsays)